duas crianças andando em uma trilha

O per�odo de f�rias escolares se aproxima e, com isso, muitas fam�lias planejam viajar para o interior, �reas de montanhas e cercadas por matas. Todo cuidado � pouco diante dos casos de febre maculosa

Gregor Ritter/Pixabay
O per�odo de f�rias escolares se aproxima e, com isso, muitas fam�lias planejam viajar para o interior, �reas de montanhas e cercadas por matas, onde geralmente vivem animais. Por�m, com o surto recente de febre maculosa em algumas regi�es, como do estado de S�o Paulo, a preocupa��o tem que ser redobrada. A m�dica infectologista do Vera Cruz Hospital, Vera Rufeisen, recomenda uso de roupas adequadas, uma boa inspe��o visual de tempos em tempos, caminhar por �reas pavimentadas e outros cuidados.

Para ser contaminado pela febre maculosa, conforme informa��es do Minist�rio da Sa�de (MS), � preciso que o carrapato-estrela esteja infectado por uma bact�ria (Rickettsia rickettsii) e permane�a fixado ao corpo por um per�odo de pelo menos quatro horas.

Com essa informa��o, j� � poss�vel se programar e, a cada duas horas, por exemplo, observar de forma detalhada todas as partes do corpo, principalmente dobras dos joelhos, bra�os, pesco�o, barriga, virilha, axilas e costas: “O carrapato pode ser dif�cil de ser identificado, muitas vezes confundido com uma pinta na pele”, alerta a m�dica infectologista.

Bois, cavalos, capivaras... 

O carrapato-estrela vive em animas como bois, cavalos, capivaras e outros do g�nero. S�o esp�cies hemat�fagas, ou seja, se alimentam de sangue para sobreviver. E � neste momento que podem transmitir a bact�ria para o ser humano.


Por isso, ao localizar um carrapato no corpo, a m�dica recomenda o uso de uma pin�a para remov�-lo. Fazendo movimentos circulares suaves, ou o uso de bucha vegetal, caso seja de tamanho muito pequeno: “Desta forma evita-se o risco de o aparelho bucal do carrapato ficar na pele, com a bact�ria da febre maculosa”, ensina a Vera Rufeisen.

O que levar na mala

Na mala, a orienta��o � simples: "A prefer�ncia deve ser por roupas em tons claros, que facilitam a visualiza��o do carrapato, use botas de cano longo, coloque a barra da cal�a por dentro da meia e prefira blusas com mangas compridas, que protegem um pouco mais”, destaca a m�dica infectologista.

Fui contaminado. E agora?

A febre maculosa tem cura desde que o tratamento antimicrobiano seja iniciado brevemente, assim que apresentar os primeiros sintomas. Quanto antes o in�cio, menor o risco de uma evolu��o grave.

Leia tamb�m:  Febre maculosa: saiba os desafios do diagn�stico.

Por isso, ao passar por locais que possam ser foco do carrapato e identificar qualquer sintoma relacionado � doen�a, tais como febre alta, dor no corpo, dor de cabe�a, inapet�ncia ou des�nimo, a m�dica recomenda a procura de um pronto-atendimento.

O diagn�stico tardio pode comprometer o sistema nervoso central, os pulm�es, os rins e causar les�es vasculares, na maioria das vezes de forma irrevers�vel.

O tratamento

Segundo Vera Rufeisen, “o tratamento adequado deve incluir a medica��o por sete a dez 10 dias (tr�s dias ap�s t�rmino da febre). Lembrando que doen�a n�o � transmitida de uma pessoa para outra e a imunidade adquirida da doen�a � duradoura".