Doen�a de Alzheimer: avan�os e desafios para pacientes
Neste 'Fevereiro Roxo', m�s de alerta para o Alzheimer, saiba novas formas de diagn�stico e novos medicamentos para controle da doen�a neurodegenerativa
A doen�a de Alzheimer ainda n�o tem cura, mas h� uma corrida acelerada da ind�stria em busca de tratamento eficaz
Gerd Altmann/Pixabay
A Doen�a de Alzheimer acomete mais de 1 milh�o de pessoas no Brasil, segundo o Minist�rio da Sa�de (MS). Neurodegenerativa, a enfermidade � o tipo mais comum de dem�ncia, um termo gen�rico usado pela medicina para identificar doen�as cognitivas que acontecem principalmente na terceira idade.
“O Alzheimer � cada vez mais incidente na popula��o em raz�o da maior expectativa de vida, mas envolve estigmas e falta de conhecimento, por isso a import�ncia de desmistificar conceitos”, alerta Marcelo Valadares, neurocirurgi�o funcional do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e m�dico chefe da �rea de neurocirurgia funcional da disciplina de neurocirurgia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Um dos desafios do Alzheimer � entender o que exatamente ocorre no c�rebro dos pacientes. Acredita-se que ocorra um ac�mulo das prote�nas Beta-amiloide e da Tau, respons�veis pela inflama��o, desorganiza��o e destrui��o das c�lulas do c�rebro, principalmente em regi�es como o hipocampo e demais �reas do c�rtex. O que a ci�ncia tem certeza � de que enfermidade se manifesta principalmente a partir dos 65 anos de idade, e leva � perda de fun��es cognitivas (mem�ria, orienta��o, aten��o e linguagem), mudan�as de comportamento e at� altera��es psiqui�tricas, como a depress�o e quadros de alucina��es.
Progress�o em fases
A Doen�a de Alzheimer progride de forma faseada. Inicialmente, o paciente apresenta sintomas leves que s�o confundidos contra outras condi��es, o que leva muitas vezes ao diagn�stico tardio. Num segundo momento, as falhas de mem�ria ficam evidentes. J�, no avan�ar da enfermidade, h� comprometimento importante de in�meras fun��es fisiol�gicas, como a dificuldade de controlar a urina, de deglutir os alimentos al�m de outras restri��es”, esclarece o especialista.
Para ajudar a sociedade a compreender a doen�a, Marcelo Valadares elencou fatos sobre o Alzheimer que s�o essenciais para quem convive com algum conhecido com a enfermidade.
Nem toda dem�ncia � Alzheimer
Segundo o m�dico, essa � a maior d�vida entre as pessoas: associa-se a dem�ncia exclusivamente ao Alzheimer. “N�o existe uma doen�a chamada ‘dem�ncia’: quando dizem que algu�m tem uma dem�ncia, na verdade, ainda n�o existe um diagn�stico correto”, reitera. A dem�ncia � o nome dado ao conjunto de altera��es e perdas de mem�ria, intelig�ncia, cogni��o, racioc�nio, capacidade de se comunicar e se relacionar, personalidade e habilidades", explica o m�dico.
Como diagnosticar o Alzheimer?
Al�m de an�lise cl�nica minuciosa de um neurologista que inclui entrevista com o paciente e cuidador, al�m de testes cognitivos, existem exames que identificam biomarcadores e os de imagem para o diagn�stico da doen�a, como a resson�ncia e a cintilografia de perfus�o cerebral. “Um exame cognitivo pode mostrar perdas na habilidade, mas n�o � determinante para diagn�stico. Para a identifica��o desta doen�a, � preciso que exames de imagem sejam solicitados corretamente”, alerta o neurocirurgi�o.
Com a identifica��o precoce do Alzheimer, o m�dico pode iniciar o tratamento o mais breve poss�vel e empregar recursos para ajudar a estimular a �rea do c�rebro acometida. Embora ainda n�o seja poss�vel impedir a progress�o da enfermidade, o tratamento precoce significa melhorias na qualidade de vida e bem-estar do paciente. E, para tanto, tamb�m � essencial o papel do familiar ou das pessoas que convivem com o paciente. Afinal, � o outro que ir� identificar as mudan�as de comportamento nos idosos. A lista de manifesta��es desta doen�a inclui sintomas como perda de mem�ria, mudan�as comportamentos e disfun��o da linguagem.
Algum medicamento cura o Alzheimer?
Hoje a doen�a ainda n�o tem cura, mas h� uma corrida acelerada da ind�stria em busca de tratamento eficaz. Pesquisas cl�nicas na �rea trazem medicamentos que atuam principalmente nas prote�nas vistas como causadoras do Alzheimer, mas ainda h� um caminho de estudos �rduo pela frente. Algumas pesquisas at� indicaram redu��o de perda cognitiva em pacientes analisados, mas tamb�m trouxeram efeitos colaterais indesejados e �s vezes graves. Mas hoje existem op��es que auxiliam no melhor controle desta enfermidade e tratamento multidisciplinar com diferentes profissionais de sa�de. O importante � procurar ajuda m�dica.
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