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Estado de Minas SA�DE

O bom colesterol (HDL) n�o evita complica��es cardiovasculares, diz estudo

Pesquisadores dos EUA analisaram dados de 23.901 adultos e conclu�ram que a taxa alta de HDL n�o foi associada � redu��o de uma doen�a cardiovascular


22/11/2022 09:10 - atualizado 22/11/2022 14:48
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azeite e azeitonas
O azeite extravirgem ajuda na eleva��o do colesterol bom (HDL) e redu��o do colesterol ruim (LDL) (foto: Steve Buissinne/Pixabay )
Conhecido popularmente como bom colesterol, o HDL (colesterol de lipoprote�na de alta densidade) pode n�o ser t�o eficaz para prever riscos de complica��es cardiovasculares, alertam pesquisadores dos Estados Unidos em um estudo publicado, ontem, no Journal of the American College of Cardiology. Ao analisar dados de 23.901 adultos, eles conclu�ram que, independentemente da origem �tnica e racial, apresentar uma taxa alta dessa subst�ncia, informa��o considerada positiva em exames de rotina, n�o foi associada � redu��o da possibilidade de surgimento de uma doen�a cardiovascular.

Para a equipe, o resultado in�dito abre espa�o para o debate sobre mudan�as nas pr�ticas cl�nicas. "O que espero que esse tipo de pesquisa estabele�a � a necessidade de revisitar o algoritmo de previs�o de risco para doen�as cardiovasculares. Isso pode significar que, no futuro, n�o receberemos um tapinha nas costas de nossos m�dicos por termos n�veis de colesterol HDL mais altos", afirma, em nota, Nathalie Pamir, professora-associada do Knight Cardiovascular Institute e autora s�nior do estudo.

Pamir conta que tem sido bem-aceito que os n�veis baixos de colesterol HDL s�o prejudiciais independentemente da ra�a. Ela e os colegas testaram essa suposi��o e conclu�ram que ela pode n�o ser completamente verdadeira. A an�lise de dados tamb�m mostrou, pela primeira vez, que essa condi��o pode indicar um risco aumentado de ataques card�acos ou mortes relacionadas apenas para adultos brancos. Na amostra, o mesmo n�o foi verdade para adultos negros.
Segundo os autores, estudos anteriores que moldaram as percep��es sobre os n�veis "bons' de colesterol e a sa�de do cora��o foram conduzidos na d�cada de 1970 por meio de pesquisas em que a maioria dos participantes era adultos brancos. Desta vez, a equipe de cientistas p�de observar como os n�veis de colesterol de adultos negros e brancos na meia-idade sem doen�as card�acas que viviam em todo o pa�s se sobrepunham a eventos cardiovasculares futuros.

Diabetes, press�o alta e tabagismo

Os participantes fazem parte do estudo longitudinal Reasons for Geographic and Racial Differences in Stroke (Regards), que tem o objetivo de analisar as causas do excesso de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC). Nathalie Pamir e colegas estudaram informa��es coletadas de uma parte dos volunt�rios do Regards ao longo de um per�odo de 10 a 11 anos. Nesse caso, eles tinham perfis semelhantes — idade, n�veis de colesterol e fatores de risco subjacentes para doen�as card�acas, incluindo diabetes, press�o alta ou tabagismo.

Durante o per�odo analisado, 664 adultos negros e 951 adultos brancos sofreram um ataque card�aco ou morte relacionada a um infarto. Aqueles com n�veis aumentados de colesterol LDL e triglicer�deos tiveram riscos modestamente aumentados para doen�as cardiovasculares, o que se alinhou com as descobertas de pesquisas anteriores, indicaram os autores.

De acordo com Pamir, � medida que os pesquisadores estudam o papel do HDL no apoio � sa�de do cora��o, eles est�o explorando diferentes teorias. Uma delas foca na qualidade desse tipo de colesterol, n�o na quantidade. Ou seja, a qualidade da fun��o do HDL — na coleta e no transporte do excesso de colesterol do corpo — pode ser mais importante para apoiar a sa�de cardiovascular.

Sean Coady, vice-chefe da Divis�o de Epidemiologia da Divis�o de Ci�ncias Cardiovasculares do Instituto Nacional do Cora��o, Pulm�o e Sangue, avalia que o HDL, presente em alimentos como abacate, azeite de oliva e oleaginosas, tem sido um "fator de risco enigm�tico para doen�as cardiovasculares" e, por isso, precisa ser alvo de estudos cient�ficos aprofundados. "As descobertas sugerem que � necess�rio um mergulho mais profundo na epidemiologia do metabolismo lip�dico, especialmente em termos de como a ra�a pode modificar ou mediar essas rela��es".


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