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Estado de Minas PUBERDADE

Luz emitida por celulares antecipa processo de matura��o sexual, diz estudo

Efeito � constatado em testes com ratos e, segundo cientistas, h� a possibilidade de se repetir em humanos


17/09/2022 08:39

Jovens de máscara ao celular
(foto: Nicolas Asfouri)

A exposi��o regular � luz azul pelo uso de tablets e smartphones j� foi associada a danos na retina, ins�nia e problemas na pele. Agora, um estudo apresentado na 60ª Reuni�o Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pedi�trica apontou um novo malef�cio: o risco de puberdade precoce. Realizada em modelos animais, a pesquisa constatou n�veis reduzidos de melatonina e aumentados de alguns horm�nios reprodutivos, al�m de altera��es f�sicas nos ov�rios de ratos f�meas expostas com frequ�ncia a essa fonte luminosa artificial.

Segundo os autores, a luz azul inibe o aumento noturno dos n�veis de melatonina, que prepara o corpo para descansar e dormir. As taxas desse horm�nio s�o geralmente mais altas durante a pr�-puberdade do que na puberdade, um processo complexo que envolve a coordena��o de v�rios sistemas org�nicos.

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Nos �ltimos anos, v�rios estudos relataram aumentos no in�cio da puberdade precoce para meninas, principalmente durante a pandemia da COVID-19. A liga��o entre a exposi��o � luz azul e n�veis reduzidos de melatonina sugere que o aumento do tempo de tela, como durante as restri��es da pandemia, pode estar desempenhando um papel nesse aumento relatado. No entanto, � muito dif�cil avaliar isso em crian�as, justificam os autores, de diversas institui��es m�dicas em Ancara, na Turquia.

Ov�rios

No estudo, a equipe de Aylin Kilin� Uurlu, do Ankara City Hospital, na Turquia, usou um modelo de rato para investigar os efeitos da exposi��o � luz azul nos n�veis de horm�nios reprodutivos e no momento do in�cio da puberdade. As f�meas foram divididas em tr�s grupos de seis e expostas a um ciclo de ilumina��o normal, de seis horas, ou 12 horas de luz azul.

Os primeiros sinais de puberdade ocorreram significativamente mais cedo em ambos os grupos expostos � luz azul, e, quanto maior a dura��o da exposi��o, mais cedo o in�cio da puberdade. Ratas expostas a esse tipo de ilumina��o tamb�m apresentaram n�veis reduzidos de melatonina e elevados de horm�nios reprodutivos espec�ficos (estradiol e horm�nio luteinizante), bem como altera��es f�sicas em seu tecido ovariano, todas consistentes com o come�o da puberdade. As f�meas do grupo de 12 horas tamb�m mostraram alguns sinais de dano celular e inflama��o em seus ov�rios.

"Descobrimos que a exposi��o � luz azul, suficiente para alterar os n�veis de melatonina, tamb�m � capaz de alterar os n�veis de horm�nios reprodutivos e causar in�cio precoce da puberdade em nosso modelo. Al�m disso, quanto maior a exposi��o, mais cedo o in�cio", disse Uurlu. Por�m, ele faz uma ressalva: "Como esse � um estudo com ratos, n�o podemos ter certeza de que essas descobertas seriam replicadas em crian�as, mas os dados sugerem que a exposi��o � luz azul pode ser considerada um fator de risco para o in�cio precoce da puberdade".

Semelhan�as

De acordo com o pesquisador, o ponto de tempo da puberdade em ratos � equivalente ao de humanos, se ajustado para a menor expectativa de vida desses animais. As altera��es hormonais e de ovula��o que ocorrem durante a pr�-puberdade e puberdade nas f�meas tamb�m s�o compar�veis �s de meninas.

A equipe planeja investigar os danos celulares e os efeitos inflamat�rios detectados ap�s uma exposi��o maior � luz azul, pois isso pode ter impactos de longo prazo na sa�de reprodutiva e na fertilidade. Os cientistas tamb�m avaliar�o se o recurso de filtragem dispon�vel em alguns dispositivos m�veis pode reduzir os efeitos observados no modelo de rato.

"Embora o estudo n�o seja conclusivo, aconselhamos que o uso de dispositivos emissores de luz azul deve ser minimizado em crian�as pr�-p�beres, especialmente � noite, quando a exposi��o pode ter os maiores efeitos de altera��o hormonal", conclui Uurlu.


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