SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Vacinação ampliada é aposta para conter avanço de doenças respiratórias

Com aumento de casos de síndromes respiratórias e cenário de emergência decretado, PBH libera imunização contra a gripe para toda a população

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Com o aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, sobretudo em crianças, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decidiu ampliar, na última quarta-feira (30/4), a vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos seis meses de idade. A medida chega em um momento crítico, em que a capital mineira e o estado de Minas Gerais enfrentam uma alta nas internações e decretaram situação de emergência em saúde pública.

O objetivo da ampliação da vacinação é conter o agravamento do cenário epidemiológico, especialmente com a chegada do outono e inverno, períodos tradicionalmente marcados por maior incidência de infecções respiratórias.

O imunizante contra a gripe estará disponível nos 153 centros de saúde da cidade, no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante e em sete postos extras. Os endereços e horários podem ser consultados no portal da PBH.

Desde o início da campanha nacional, em 31 de março, mais de 202 mil doses foram aplicadas na capital. Dessas, cerca de 161 mil foram destinadas aos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, crianças de seis meses a 5 anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes, o que resultou em uma cobertura vacinal de apenas 24,1%. A meta estabelecida é de 90%. 

A vacina oferecida é do tipo trivalente, com proteção contra os vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B. Para se vacinar, é necessário apresentar um documento de identidade com foto, CPF e cartão de vacinação. A aplicação pode ser feita junto com outras vacinas, sem necessidade de intervalo.

Para desafogar os atendimentos presenciais, a PBH disponibiliza, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, um serviço de teleconsultas destinado a moradores da capital com sintomas leves, como resfriados, diarreias e dores articulares. O atendimento é oferecido a partir dos 2 anos de idade, desde que a pessoa esteja cadastrada em um dos centros de saúde. O cadastro pode ser feito on-line ou presencialmente, e o endereço da unidade de referência pode ser consultado no site da Prefeitura.

Outra alternativa para a população é participar da campanha de vacinação contra a gripe promovida pelo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da PUC Minas, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A ação ocorre no campus Coração Eucarístico, das 8h às 11h, na sala 404 do Complexo Esportivo, em maio. 

Aberta ao público externo e também para maiores de 6 meses, a vacinação na PUC Minas segue as mesmas exigências: apresentação de documento com foto e caderneta de vacinação. 

Situação de emergência 

A ampliação da vacinação coincide com o decreto de emergência publicado tanto pelo Governo de Minas Gerais quanto pela Prefeitura de Belo Horizonte. Na última sexta-feira (2), o estado decretou situação de emergência em saúde pública por 180 dias devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Até o dia 26 de abril, foram registradas 26.817 internações e 397 mortes. Crianças com menos de 1 ano e idosos acima de 60 anos são os mais afetados.

Em resposta, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou medidas como a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Minas-SRAG), a contratação de profissionais de saúde e o repasse de recursos para a ampliação da rede hospitalar. Um exemplo foi a abertura de 12 leitos semi-intensivos no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, focados no atendimento pediátrico.

“Estamos preparados para enfrentar esse momento, mas sabemos que ele exige esforço contínuo. Precisamos de abertura de novos leitos em algumas regiões e os municípios têm apoio garantido do Estado. Temos recursos disponíveis para isso, e seguimos em contato direto com as gestões locais para dar agilidade às respostas, especialmente em locais que enfrentam situações mais críticas”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Já na capital mineira, a PBH também decretou emergência por 180 dias, visando acelerar medidas administrativas, como a contratação de equipes, ampliação do horário de atendimento nas unidades de saúde e compra de insumos.

A cidade ativou seu Plano de Enfrentamento das Doenças Respiratórias e já abriu 30 novos leitos de enfermaria pediátrica: 20 no Hospital Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. Também houve reforço na escala de pediatras nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com aumento do número de profissionais nos plantões noturnos.

O subsecretário de Atenção à Saúde, André Menezes, destacou que houve um crescimento significativo nos atendimentos. Em março, foram 42.435 registros de pacientes com sintomas respiratórios nas unidades de saúde da capital; em abril, esse número saltou para 63.217. Também aumentaram os pedidos de internação pediátrica. Para crianças menores de 1 ano, por exemplo, foram 69 solicitações na última semana de março e 196 na última semana de abril.

“Estamos vivenciando um aumento na gravidade dos casos, com grande demanda por leitos hospitalares. Por isso, nossas ações estão focadas em abrir leitos pediátricos e reforçar o atendimento às crianças”, afirma. 

Calendário de rotina

Outra mudança importante anunciada pelo Ministério da Saúde foi a inclusão da vacina contra a gripe no calendário básico de imunização de crianças de seis meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, idosos e gestantes. Com isso, esses grupos passam a ter direito à vacinação contra a gripe durante todo o ano, e não apenas no período das campanhas. A continuidade da imunização, no entanto, depende do envio regular de doses pelo governo federal e estadual.

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