
Se n�o bastasse a pandemia de coronav�rus que assusta toda a popula��o, moradores da cidade de Ub�, na Regi�o da Zona da Mata, t�m de enfrentar um velho inimigo: as fortes chuvas. Entre a noite de ter�a-feira e a madrugada desta quarta (8), o munic�pio registrou a maior enchente de sua hist�ria, afetando 60 mil pessoas e deixando centenas desalojadas . De acordo com a administra��o p�blica, em duas horas choveu cerca de 128 mil�metros – essa � terceira vez no ano que a cidade convive com esse problema.
O temporal fez o Ribeir�o Ub� sair de sua calha, afetando diversas casas ao longo da Avenida Beira Rio, na regi�o central da cidade. Os bairros Waldemar de Castro e Santa Edwiges tamb�m foram afetados. No primeiro, um im�vel chegou a desabar; o mesmo aconteceu com um outro impovel localizado no Bairro Tri�ngulo.
De acordo com a prefeitura, 432 pessoas ficaram desalojadas e tiveram que ir para casas de parentes e amigos. Al�m disso, os bombeiros receberam 17 chamadas de socorro, principalmente de pessoas ilhadas. N�o foram contabilizadas mortes.
A forte chuva fez com que o prefeito Edson Teixeira Filho se reunisse, ainda na madrugada, na sede do Corpo de Bombeiros, com os chefes da corpora��o e da Defesa Civil. Na reuni�o, foram discutidas as primeiras a��es de resposta aos estragos.
“Desta vez al�m da Ponte da Bandeira, a Ponte da Rodovia, perto da Pol�cia Rodovi�ria, tamb�m foi ultrapassada pelo rio. Isso quer dizer que o n�vel das �guas nunca esteve t�o alto como desta vez”, afirmou o prefeito em v�deo publicado na conta da prefeitura no Facebook, ainda na madrugada.
Teixeira filho confirmou que o temporal afetou as duas esta��es de tratamento de �gua que abastece a cidade. “Economizem �gua porque uma das esta��es de tratamento ficou totalmente avariada por essas grande enchente que tivemos”, pediu o prefeito. Segundo ele, a estabiliza��o do servi�o n�o deve ser finalizada nesta quarta-feira.

O pedido de economia de �gua vem justamente em meio � pandemia de coronav�rus, quando as pessoas devem focar ainda mais em h�bitos de higiene, o que, consequentemente, aumenta o consumo de �gua.
A cidade de Ub� registra um caso confirmado de coronav�rus e investiga 16. H� 73 casos sendo monitorados. e 34 j� foram descartados.
A pandemia tamb�m afetou o expediente de funcion�rios que fariam os trabalhos de limpeza da cidade, j� que muitos se encontram no grupo de risco para a COVID-19.
A prefeitura orienta que as pessoas n�o saiam de suas casas. �s que sa�rem, que evitem passar pelas �reas afetadas pelas chuvas. Al�m disso, para cuidar das a��es de limpeza e evitar aglomera��es, a Avenida Beira Rio est� com o tr�fego de ve�culos bloqueado. O distrito de Miragaia tamb�m est� sem acesso, devido � queda de uma ponte de concreto
“N�s tamb�m estamos vivendo num sistema de prote��o contra o coronav�rus que nos pegou no meio dessa batalha, mais uma guerra que a gente vai ter que enfrentar”, destacou o prefeito.
Perdas

Umas das casas bastante atingidas pela chuva � a da Comunidade das Religiosas do Sagrado Cora��o de Maria, localizada na Avenida Beira Rio. Por l�, todo o primeiro andar da estrutura foi afetado e a �gua atingiu altos n�veis.
“A cidade est� t�o triste, est� quebrada e as pessoas est�o inseguras. O c�u come�a a escurecer e a gente j� fica com o cora��o na m�o. Eu moro em Ub� h� menos de dois anos e essa j� � a segunda vez que minha casa � invadida pela �gua”, conta a irm� Rosa de Lima.
Para ela, o fato de a casa ter dois andares pode ter evitado uma trag�dia. “Felizmente, tem esse segundo andar, porque a maioria das irm�s � idosa e eu n�o sei o que faria se elas ficassem no primeiro andar”, ressalta.
Al�m disso, com a esta��o de tratamento afetada, as irm�s j� est�o sem �gua desde a manh� desta quarta-feira. Agora, as religiosas ter�o que se abastecer em um po�o pr�ximo ao col�gio, localizado no terreno de tr�s da casa.
“A �gua acabou aqui. Deus prover�, mas n�o sabemos o que fazer. Nunca teve falta de �gua aqui, essa � a primeira vez”, conta.
Na regi�o, v�rios estabelecimentos tamb�m foram afetados. Comerciantes contabilizam perdas expressivas de mercadorias. Em meio � pandemia, o preju�zo � ainda maior, j� que h� menor fluxo de pessoas nas ruas.
Doa��es A prefeitura est� pedindo doa��es de �gua pot�vel lacrada, alimentos n�o perec�veis, materiais de limpeza, botas de pl�stico, rodos, vassouras, luvas, baldes e pano de ch�o. O Ponto de Coleta � o F�rum Cultural, situado na Pra�a S�o Janu�rio, e funcionar� de 7h �s 17h.
Doa��es A prefeitura est� pedindo doa��es de �gua pot�vel lacrada, alimentos n�o perec�veis, materiais de limpeza, botas de pl�stico, rodos, vassouras, luvas, baldes e pano de ch�o. O Ponto de Coleta � o F�rum Cultural, situado na Pra�a S�o Janu�rio, e funcionar� de 7h �s 17h.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Eduardo Murta