H�bitos saud�veis: preven��o � a melhor arma contra o c�ncer de ov�rio
Segundo tipo de tumor ginecol�gico mais comum, o c�ncer de ov�rio muitas vezes se desenvolve sem provocar sintomas, o que dificulta um diagn�stico precoce
Cuidados com a sa�de e manuten��o de h�bitos saud�veis s�o as melhores armas no combate ao c�ncer de ov�rio (foto: Reprodu��o/Pexels)
O c�ncer de ov�rio se desenvolve de forma silenciosa e um dos maiores problemas em seu tratamento � que muitos pacientes n�o apresentam sintomas em est�gios iniciais da doen�a, dificultando, assim, o diagn�stico precoce. Segundo dados do Instituto Nacional de C�ncer (Inca), esse � o segundo tumor ginecol�gico mais comum, atr�s apenas do c�ncer de colo do �tero. A melhor forma de combate � doen�a � a preven��o, com a manuten��o de h�bitos saud�veis e acompanhamento m�dico em casos de risco elevado e hist�rico familiar. O m�s de maio � dedicado tamb�m a uma campanha mundial de conscientiza��o do c�ncer de ov�rio.
Com a dificuldade em diagnosticar a doen�a precocemente, resultam muitos casos em que o c�ncer j� est� instalado, em est�gios mais avan�ados e de dif�cil tratamento. Ainda conforme o Inca, a estimativa � que s� neste ano sejam diagnosticados 6.650 novos casos da enfermidade no Brasil.
"Ac�mulo de l�quido abdominal, a denominada 'ascite', dor e aparecimento de um tumor p�lvico, al�m de altera��es gastrointestinais s�o poss�veis ind�cios de que a neoplasia possa j� estar instalada", lista a oncologista cl�nica Daniella Pimenta, que faz parte do corpo cl�nico da Cetus Oncologia (cl�nica especializada em tratamentos oncol�gicos com sede em Betim e unidades em Belo Horizonte e Contagem).
A m�dica lembra que esses sintomas aparecem, na maior parte dos casos, quando a doen�a j� est� em est�gio mais avan�ado e que, ao contr�rio de outros c�nceres como o de mama e pr�stata, n�o existe nenhum tipo de exame de rastreamento para detectar o tumor dispon�vel para a popula��o em geral.
"Quando temos suspeita [da doen�a], podem ser feitos alguns exames de imagem, dentre eles a tomografia, resson�ncia e o ultrassom endovaginal. Eles auxiliam no diagn�stico", pontua. Al�m disso, ainda segundo Daniella, fatores essenciais para o diagn�stico s�o a bi�psia e alguns exames de sangue, como o marcador tumoral CA125.
Idade avan�ada e muta��es de heran�a familiar s�o os principais fatores de risco em rela��o � doen�a. "Pacientes com hist�rico familiar de c�ncer de mama e ov�rio precisam ser investigadas para averiguar uma muta��o gen�tica, como as altera��es em genes de recombina��o hom�loga do DNA (BRCA1/2, dentre outros), que, quando identificadas representam uma maior probabilidade para o desenvolvimento da neoplasia", complementa a oncologista.
Nesses casos, pode-se discutir ent�o a realiza��o da cirurgia profil�tica, a "salpingooforectomia e mastectomia bilaterais", para a retirada dos ov�rios e mamas preventivamente. Contudo, a tomada de decis�o para a realiza��o deste tipo de procedimento envolve an�lise de diversos profissionais que estar�o acompanhando o caso (oncologista, ginecologista, cirurgi�o e geneticista, por exemplo).
Dra. Daniella Pimenta ressalta import�ncia da manuten��o de h�bitos saud�veis na preven��o do c�ncer de ov�rio (foto: Divulga��o/Marcele Valina)
Fatores de risco associados
Entre outros fatores de risco associados ao c�ncer de ov�rio est�o: maior exposi��o a horm�nios (menarca precoce ou menopausa tardia), pacientes sem filhos (nuliparidade) e s�ndromes gen�ticas como a s�ndrome heredit�ria de c�ncer de mama e ov�rio e a s�ndrome de Lynch, condi��o gen�tica heredit�ria que aumenta o risco de desenvolver tumores como o de c�lon, endom�trio e outras neoplasias.
Uma vez identificada a doen�a, o tratamento depender� do est�gio em que ela se encontra. Na maioria dos casos, � necess�ria a realiza��o de cirurgia seguida por algum tipo de quimioterapia acompanhada de uma terapia de manuten��o, com uso de medicamentos orais, ou at� mesmo a 'quimio' isolada. "Tudo � discutido caso a caso, de acordo com o perfil da paciente. Sempre � recomendada uma avalia��o de um m�dico oncologista para a escolha do tratamento ideal", ressalta Daniella.
Alimenta��o saud�vel e exerc�cios
Como a doen�a � dif�cil de ser identificada logo no in�cio e muitas vezes se desenvolve de forma silenciosa, Daniella Pimenta afirma ser essencial que as mulheres fiquem atentas a qualquer altera��o no corpo e observem a presen�a de fatores de risco. "Al�m disso, devem manter uma alimenta��o balanceada, rotina de exerc�cios e controle do peso. Esses h�bitos saud�veis ajudam, inclusive, a prevenir outros tipos de c�nceres". Segundo aponta a especialista, tamb�m � imprescind�vel manter o acompanhamento m�dico peri�dico, principalmente a partir dos 50 anos. "Se h� casos da doen�a na fam�lia, o ideal � procurar um m�dico para orienta��es acerca de op��es de rastreamento e preven��o", refor�a.
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