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Estado de Minas SETEMBRO AMARELO

Vida em tirinhas: preven��o e posven��o ao suic�dio

Por meio de ilustra��es, especialistas buscam conscientizar sobre o suic�dio, orientando, de forma l�dica e pr�tica, como agir em situa��es "semelhantes"


01/09/2020 10:00 - atualizado 01/09/2020 10:28

(foto: Juliana Rodrigues/Fam�lia em Tiras/Divulga��o)

Cerca de 800 mil pessoas morrem por suic�dio a cada ano, de acordo com os dados divulgados pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Al�m disso, segundo a entidade, para cada suic�dio cometido, mais pessoas tentam tirar a pr�pria vida.

Justamente por isso, a psic�loga cl�nica, tanatologista, suicidologista e paliativista Luciana Carvalho Rocha destaca ser importante falar sobre o assunto, de forma respons�vel, a fim de conscientizar e prevenir a pr�tica do suic�dio. 

Deste modo, Luciana, a tamb�m psic�loga Larissa Lupi e a ilustradora da Fam�lia em Tiras, Juliana Rodrigues, idealizaram um projeto voltado a difundir informa��es sobre o assunto.

“A iniciativa surgiu em uma conversa em que percebemos que falar sobre suic�dio de uma forma mais 'leve' poderia ser eficaz, trazendo um resultado positivo neste contexto. Dessa forma, encontramos nas ilustra��es essa possibilidade”, conta Luciana. 

A partir disso, ela relata que foi necess�rio pensar sobre o assunto, partindo do princ�pio da psicoeduca��o. Isso porque, segundo a psic�loga, ao contr�rio do que muitos pensam, falar e tratar sobre o assunto suic�dio perpassa pelo crit�rio de informa��o e conscientiza��o sobre os riscos, fatores de prote��o e sinais correlacionados ao ato. 

(foto: Juliana Rodrigues/Fam�lia em Tiras/Divulga��o)
“� preciso, por exemplo, analisar a perspectiva de uma pessoa que j� tentou o suic�dio, mas n�o morreu, de uma pessoa que esteja pensando em cometer o ato e, tamb�m, de um familiar ou amigo de algu�m que j� tenha tirado a pr�pria vida. Ent�o, com base nisso, selecionamos algumas situa��es e criamos as tirinhas, de forma que a gente pudesse alcan�ar pessoas que tivessem passando por situa��es 'semelhantes'”, diz. 

Conforme Luciana, o suic�dio precisa ser tratado em dois �mbitos correlatos: o da preven��o e o da posven��o. Ou seja, na conscientiza��o do suic�dio, a fim de evitar que mais pessoas o entendam como uma solu��o, e, tamb�m, no cuidado com pessoas que perderam algu�m para o suic�dio. Exatamente por isso, a psic�loga destaca a inten��o de que o projeto alcance mais pessoas. 
 

"N�o � apenas conversar em tempos de conscientiza��o, mas, sim, acolher, de fato. Para isso, temos, al�m da ajuda vinda de pessoas pr�ximas, o Centro de Valoriza��o da Vida (CVV), que funciona como uma rede de apoio �s pessoas em crise. Por fim, se faz importante entender, assim como demonstramos em nosso trabalho, por meio das tirinhas, que quando uma pessoa diz que quer morrer, n�o � para chamar a aten��o, isso � um sinal. Precau��es precisam ser tomadas"

Luciana Carvalho Rocha, psic�loga cl�nica, gestalt-terapeuta, tanatologista, suicidologista e paliativista


 
“A ideia das tirinhas, com imagens e frases curtas, foi pensando justamente nesse ponto de conscientizar o m�ximo de pessoas poss�vel sobre a necessidade de falar sobre o suic�dio. E a melhor forma de tratar esse assunto � pelo debate. Para isso, as pessoas precisam entender que o suicida ou a fam�lia de algu�m que tirou a pr�pria vida n�o � estereotipada, pois, muitas vezes, as pessoas t�m uma ideia completamente err�nea sobre isso. E 100% dos indiv�duos que cometem o ato t�m uma ou mais doen�as mentais”, afirma. 

No entanto, Luciana pontua que patologias mentais s�o mais recorrentes do que as pessoas acreditam. Portanto, conclui ser importante que o tema seja mais discutido.

Depress�o, por exemplo, � uma doen�a mental, e a gente sabe que no mundo, hoje, temos aproximadamente 300 milh�es de pessoas deprimidas. Ent�o, n�o � � toa que tantas pessoas tentam tirar a pr�pria vida. Precisamos falar sobre isso, porque as pessoas quando tiram a pr�pria vida, elas est�o adoecidas e n�o querem, de fato, morrer, elas apenas n�o enxergam outra ‘sa�da’ para o sofrimento.” 

Acolhimento e ajuda especializada 


Luciana Carvalho Rocha, psicóloga clínica, gestalt-terapeuta, tanatologista, suicidologista e paliativista
Luciana Carvalho Rocha, psic�loga cl�nica, gestalt-terapeuta, tanatologista, suicidologista e paliativista (foto: Arquivo pessoal)
Luciana destaca que, em caso de pensamentos suicidas, as pessoas precisam buscar ajuda profissional de um psic�logo e/ou psiquiatra, contando, tamb�m, com o acolhimento, o que, para ela, deve ser um exerc�cio di�rio e n�o somente lembrado no m�s de conscientiza��o do suic�dio, o setembro amarelo. 

“N�o � apenas conversar em tempos de conscientiza��o, mas, sim, acolher, de fato. Para isso, temos, al�m da ajuda vinda de pessoas pr�ximas, o Centro de Valoriza��o da Vida (CVV), que funciona como uma rede de apoio �s pessoas em crise. Por fim, se faz importante entender, assim como demonstramos em nosso trabalho, por meio das tirinhas, que quando uma pessoa diz que quer morrer, n�o � para chamar a aten��o, isso � um sinal. Precau��es precisam ser tomadas.” 


“Precisamos falar sobre suic�dio!” 


As tirinhas, feitas por Luciana, em parceria com a psic�loga Larissa Lupi e a ilustradora Juliana Rodrigues, tratam do tema suic�dio, em um projeto intitulado "Precisamos falar sobre suic�dio!", de forma a abordar todas as vertentes do ato, como a��es de acolhimento a serem direcionadas � familiares que perderam algu�m por suic�dio e �s pessoas que pensam em cometer o ato. 

Para conferir e fazer parte dessa conscientiza��o, as tirinhas podem ser acessadas por meio da conta pessoal de Luciana e, tamb�m, do perfil oficial da Fam�lias em tiras e do “Do luto � luta”, todas elas cadastradas no Instagram

Pe�a ajuda! 


Em caso de pensamento suicida, o Centro de Valoriza��o da Vida (CVV) pode ser acionado a qualquer momento, estando em pleno funcionamento durante 24 horas por dia, via telefone (188) e/ou por e-mail ou chat, por meio do site oficial da entidade, que informa: “o CVV – Centro de Valoriza��o da Vida realiza apoio emocional e preven��o do suic�dio, atendendo volunt�ria e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo”. 

* Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram 


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