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Estado de Minas PRAENTENDER

Coronav�rus e exerc�cios ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Veja nosso v�deo #praentender


postado em 17/04/2020 09:26 / atualizado em 18/04/2020 19:12


Estudo aerodin�mico com simula��es computacionais, sobre o movimento de got�culas durante atividades f�sicas ao ar livre, ganhou grande repercuss�o na internet, neste contexto de tantas incertezas sobre o coronav�rus. Embora n�o tenha conclus�es epidemiol�gicas, virais ou m�dicas, a pesquisa divulgada na �ltima semana mexeu com os �nimos de muitos. As imagens, da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda) e da Universidade Cat�lica de Leuven (B�lgica) sugerem dist�ncia segura de at� 20 metros entre um atleta e outro. (Veja o v�deo abaixo)

"N�o � um estudo sobre o risco de infec��o. Mas se todos concordamos que a dist�ncia segura de 1,5m a 2m � padr�o social quando temos s� duas pessoas conversando (e essa verdade tem amplas evid�ncias cient�ficas), quando voc� vai andar de bicicleta ou correr junto com algu�m, esta dist�ncia pode ser diferente", explicou, em entrevista por video chamada ao Estado de Minas, o professor Bert Blocken, autor do estudo original.

De acordo com ele, o prop�sito dos pesquisadores era determinar, quando ao correr, andar r�pido ou pedalar diretamente atr�s de algu�m, qual dist�ncia se deveria tomar, para ter o n�vel de "n�o exposi��o" �s got�culas do outro equivalente � dist�ncia de 1,5m estando parado. 

"Nossa mensagem �: se voc� vai sair para pedalar com outra pessoa, tente n�o ir em grupos grandes. Em grupos maiores, voc� sempre estar� no rastro de got�culas. E se a pessoa da frente estiver infectada tossir ou espirrar, as got�culas v�o se mover diretamente na sua dire��o".

Pol�mica
O primeiro problema se deu com a forma da divulga��o dos achados. Via Twitter, o professor de engenharia, com 20 anos de experi�ncia em aerodin�mica, publicou um v�deo. A turma cobrou um artigo e ele publicou um texto preliminar. Ainda falta, contudo, um validador cient�fico importante, chamado "revis�o dos pares". Para o professor, esperar por isso em uma situa��o como a pandemia do coronav�rus n�o seria adequado.

"Precisamos de cientistas, atualmente, que d�em informa��o correta, honesta. Mesmo que seja a informa��o que talvez o p�blico n�o queira ouvir. Mesmo que n�o tenha sido revisada pelos pares. Assim que se tem certeza, � preciso ir a p�blico. Se estiver errado meu estudo e isso for comprovado, me demito de meus dois empregos nas universidades em que leciono".


Carga viral
Para a professora Viviane Alves, do departamento de microbiologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), neste estudo falta o principal: o v�rus. "As microgot�culas, claro, existem, mas a gente n�o sabe se elas t�m capacidade de carregar v�rus suficiente para transmitir a doen�a", detalha

Viviane chama aten��o para a quest�o da carga viral, a quantidade m�nima de v�rus com a qual � preciso entrar em contato para que haja a infec��o. "A gente n�o sabe ainda nem a carga viral em uma got�cula de saliva maior, de um mil�metro. Ent�o este estudo traz uma sugest�o baseada em suposi��es, por enquanto. � uma hip�tese, pode acontecer? Pode, mas por enquanto, n�o temos evid�ncia que aconte�a.

"A real dimens�o ou implica��o da capacidade infectante a partir de atividades f�sicas que envolvem o movimento � uma infer�ncia, a partir de um estudo aerodin�mico que simula o que pode acontecer com eventual propaga��o e efetiva��o da infec��o entre pessoas que compartilham alguma proximidade em atividade f�sica ao ar livre", diz o professor Mateus Westin, da �rea de infectologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Ele lembra que o risco sempre haver� sempre que as pessoas optarem por se exercitarem junto com algu�m.

Por isso, a recomenda��o da microbiologista refor�a o que j� preconiza a Organiza��o Mundial da Sa�de: "Se voc� quiser fazer exerc�cio, que seja sozinho, de prefer�ncia dentro de casa, mas se for caminhar, que seja sozinho. O que � praticamente imposs�vel, ent�o prefira ficar em casa, arrume m�todos alternativos de se exercitar, pelo menos por enquanto", aconselha Viviane.


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