
Jamais fiquei em cima do muro, mas neste clássico 50% para cada lado
Vou me abster de apontar um favorito, embora o time azul esteja mais bem colocado, brigando com os ponteiros pela taça
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Um dos maiores clássicos do nosso futebol num domingo às 20h30 é covardia com o torcedor cruzeirense, que irá lotar o Mineirão, em jogo de torcida única. Mais de 60 mil vozes da China Azul estarão empurrando o Cruzeiro para uma grande vitória, vozes essas que só chegarão em casa na madrugada de segunda-feira, pois em um jogo que terminará por volta das 23h, até que o torcedor pegue o ônibus ou saia do engarrafamento que se formará, já será dia 19.
As tevês e a CBF não estão nem aí para o torcedor brasileiro. Dito isso, vou me abster de apontar um favorito, embora o time azul esteja mais bem colocado, brigando com os ponteiros pela taça. O Atlético Mineiro tem um time forte, um grupo muito bom e um técnico dos mais capacitados. O Cruzeiro vem de grandes resultados, de uma campanha sólida e de um time que está dando gosto de ver jogar. O alvinegro chegará motivado pela vitória sobre o Fluminense, que o tirou do Z-4. Vejam como o Brasileirão é nivelado por baixo: uma vitória te afasta do Z-4 e te põe na primeira página da tabela.
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Era sabido que a colocação do Atlético entre os quatro últimos era ilusória. Como escrevi no começo da temporada, o alvinegro tem time para brigar pelas taças que está disputando. Se iludiu com a conquista do “Rural” e quando percebeu que no Brasileirão a banda toca diferente, teve que correr atrás do prejuízo. Ainda não é o time confiável que o torcedor deseja, mas é muito bem armado, com jogadores decisivos, como Hulk e Rony.
No Cruzeiro o comando do futebol mudou. Pedro Júnio, vice-presidente, é quem está à frente agora, junto com o mister Leonardo Jardim. Contratações, dispensas e tudo relacionado ao futebol é com os dois. Claro que o presidente Pedro Lourenço monitora e participa de tudo, mas o vice-presidente está pegando experiência, principalmente com os erros, e direcionando o clube para contratações, quando acontecerem, de jogadores jovens, com contratos de quatro anos, mas dentro de uma realidade financeira. Jogadores velhos, nem pensar.
Róger Guedes, por exemplo, é a maior mentira já contada. O Cruzeiro jamais o procurou, não demonstrou interesse por ele e não o cogita. Somente na janela, daqui a alguns dias, quando as competições pararem para o Mundial de Clubes, Jardim, Pedro Junio, Pelaipe e Pedro Lourenço vão se reunir para sentir se há ou não necessidade de contratações.
No momento o foco é o clássico desta noite e que o Cruzeiro consiga a maior pontuação possível. Vale lembrar que Jardim recuperou vários jogadores e que o grupo está confirmando, em campo, toda a sua força.
Como o Cruzeiro tem um time base e já decorado pelo torcedor, com Cássio, Fágner, Fabrício Bruno, Villalba e Kaike, Lucas Silva, Romero, Christian e Matheus Pereira, Wanderson e Kaio Jorge, acredito que Jardim começará com ele, claro, fazendo alterações pertinentes no decorrer da partida. É bom lembrar que Gabigol é carrasco do Atlético Mineiro e deverá ter mais minutos nesse jogo.
Espero que o violento e fraco zagueiro Lyanco pense em jogar futebol, e que dessa vez nenhum jogador cruzeirense caia nas suas provocações. Será que ele vai ser homofóbico novamente? No último clássico, depois do gol ilegal de Hulk, que empurrou Fabrício Bruno, ele se dirigiu aos torcedores do Cruzeiro e “fingiu” se maquiar, num completo desrespeito. Atitudes como essas geram violência em campo e nas arquibancadas. O cara quer fazer média com o torcedor e, como é um zagueiro bem limitado, apela para esse artifício.
Que o árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza, que ficou na geladeira, duas vezes, ano passado, por péssimas atuações, tenha tranquilidade e dirija o clássico sem olhar a cor da camisa. Que seja isento e não apareça. E que os jogadores nos brindem com um grande jogo, altamente técnico.
Vencendo, o Cruzeiro chegará aos 19 pontos e colará no Palmeiras, mantendo-se na disputa do título. Mais que isso, se o time azul chegar aos 25 pontos, por exemplo, antes da parada do Brasileirão, será fantástico. Aí, sim, o clube vai buscar um belo zagueiro, mais um jogador de beirada e, muito provavelmente, um lateral-esquerdo.
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Jogadores também deverão ser negociados. O maior problema é Wallace, que ganha salário altíssimo e não consegue render absolutamente nada. Hoje, porém, é pensar somente no clássico, na vitória e em praticar um grande futebol. A Pampulha ficará ensurdecida pela China Azul, pois essa é uma torcida que empurra o Cabuloso do começo ao fim.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.